
Número representa quase 10% da força de trabalho da companhia
O Cirque du Soleil anunciou nesta quarta-feira que vai despedir nas próximas semanas 400 funcionários – quase 10% de sua força de trabalho – como forma de reduzir seus crescentes custos. A companhia, que desde sua fundação, há 29 anos, ou de um pequeno grupo de artistas de rua em Montreal a um negócio que em 2012 faturou pouco mais de 1 bilhão de dólares, afirmou que as demissões não são uma declaração de crise.
“Que fique claro: o Cirque não está em crise”, afirmou durante uma entrevista coletiva em Montreal o porta-voz da empresa, Renee-Claude Menard. Menard acrescentou que o fundador e proprietário do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, não tem a intenção de vender a companhia.
O porta-voz destacou que 2012 foi um dos melhores anos para o Cirque du Soleil, que vendeu mais de 14 milhões de entradas para seus 19 espetáculos, vistos nas principais cidades de América do Norte, Europa, Ásia e Brasil. Apesar do faturamento de 1 bilhão de dólares em 2012, a empresa não conseguiu ter lucro.
Isso, porém, não assusta Menard, que se referiu à capacidade do Cirque du Soleil em “tirar coelho da cartola” em um momento de dificuldades financeiras no mundo. Para o porta-voz, a falta de rentabilidade do circo se deve à forte valorização do dólar canadense nos últimos anos. O Cirque du Soleil concentrará as demissões na sede de Montreal, onde trabalham 2.000 das 5.000 pessoas empregadas pela companhia no mundo.