
Cerca de 20 estabelecimentos do estado americano vão participar de um projeto da Universidade do Alasca voltado para reduzir casos de síndrome do alcoolismo fetal
Álcool e gravidez não combinam. A maioria das mulheres corta o consumo de bebidas alcoólicas assim que tem a confirmação da gravidez. O problema é que muitas só descobrem que esperam um bebê semanas (e até meses) após engravidarem. Sem saber que estão grávidas, acabam bebendo normalmente durante o começo da gestação. Só depois param.
A bebida alcoólica deve ser evitada em toda a gestação – principalmente nos primeiros meses da gravidez, quando é ainda mais prejudicial à criança. A ingestão de álcool durante a gravidez pode provocar a síndrome do alcoolismo fetal na criança. São má-formações, problemas de crescimento, desenvolvimento tardio de raciocínio e até problemas mentais que surgem nos bebês que nasceram de mães que consomiram álcool durante a gestação.
Para evitar novos casos de síndrome do alcoolismo fetal, especialistas da Universidade do Alasca desenvolveram um projeto inusitado, em parceria com bares do estado americano. A partir de dezembro deste ano, 20 estabelecimentos vão disponibilizar testes de gravidez gratuitos nos banheiros femininos. Inicialmente, ficarão à disposição das clientes cinco mil testes. Assim, as frequentadoras dos bares que estiverem com a menstruação atrasada e outros sinais que despertam uma pontinha de dúvida sequer podem ficar com a consciência mais tranquila para beber (ou parar de vez). Além do álcool, as futuras mamães que fumam também podem cortar o cigarro mais cedo.
De acordo com o site New York Daily News, o projeto recebeu apoio financeiro do governo do Alasca, de US$ 400 mil ( o equivalente a R$ 900 mil), e foi realizado em parceira com uma instituição chamada Healthy Brains for Children, que cuida de crianças com danos cerebrais. O Alasca é atualmente o estado americano com mais casos de síndrome do alcoolismo fetal. Se o projeto conseguir, de fato, reduzir esses índices, programas similares podem ser colocados em prática em outros estados americanos e também no Canadá. Será que funcionaria no Brasil? #ficaadica.