Robben, Müller e Piqué (contra) marcaram pelos Bávaros, que foram superiores durante os noventa minutos no Camp Nou

* Mandzukic, Robben, Ribery e o brasileiro Luis Gustavo comemoram um dos gols do Bayern contra o Barcelona no Camp Nou
Missão quase impossível? Parecia ser. Uma hora antes do jogo a escalação do Barcelona mostrava um time sem Messi. Cesc Fàbregas seria o titular com a missão de brilhar. O meia tinha a missão de fazer o resultado de 4 a 0 feito pelo Bayern na primeira partida ser revertido. Jupp Heynckes afirmou antes do confronto que o Bayern seria ofensivo. Não foi tanto assim, mas foi mais do que o suficiente. 3 a 0 no Camp Nou, sem sustos e com autoridade. Robben marcou um golaço, Piqué feez contra e Thomas Muller completou de cabeça. Bayern, aos gritos de olé, na final da Liga dos Campeões, contra o rival Borussia Dortmund.
O JOGO:
Ao contrário da partida entre Real e Dortmund, que teve uma pressão enorme exercida pelos Merengues no início do duelo, o dono do mando de campo, o Barcelona, apesar de saber fazer essa marcação, começou tímido, trocando sometne os es como costuma fazer habitualmente. O Bayern marcava lá na frente, repetindo o esquema de sucesso que lhe garantiu os quatro gols de vantagem.
O primeiro lance de perigo só veio aos 12 minutos. Depois de uma bonita troca de es dos jogadores do Bayern, Schweinsteiger lançou Robben, que disparou sozinho, mas foi alcançado pela defesa catalã. O holandês quis arrumar para sua perna boa, a canhota, e Piqué deu um carrinho perfeito para aliviar a torcida do Barça. Aos 18 minutos, em mais uma troca de es de encher os olhos, Schweinsteiger entregou um presentão já dentro da área de calcanhar para Ribery. O francês, entretanto, não pode concluir a jogada porque a zaga blaugrana mais uma vez se recuperou no último instante.
Aos 23 minutos, o Barcelona chegou pela primeira vez ao gol de Manuel Neuer. Song encontrou Pedro livre de marcação, uma raridade até então. Sem dar chance para algum bávaro chegar perto, o camisa 17 virou rápido e mandou um lindo chute que tinha o ângulo como endereço. No entanto, atento no lance, Neuer fez a defesa de maneira simples, como se não tivesse esforço.
Xavi, aos 26 minutos, quase marcou. Daniel Alves recebeu na direita e levantou na área. Fàbregas ajeitou de peito – reclamou de pênalti ao mesmo tempo – e o maestro do time de Tito emendou um voleio por cima do gol de Neuer. Quase, quase. Aos 30, Fàbregas deixou escapulir um e de Xavi e perdeu mais uma chance de estufar a rede do Bayern.
Nos últimos 15 minutos, nada para animar quem gosta de futebol. O Barcelona não chegou com força ao ataqeu e o Bayern só manteve o que lhe favorecia.
Messi não voltou do intervalo no time. Piqué antes de começar a partida procurava por alguém no Camp Nou. Seria o baixinho? A situação estava complicada. O Barcelona teria que marcar quatro gols no Bayern para levar o jogo para a prorrogação em apenas 45 minutos…
Aos três minutos, a torcida poderia suplicar por Messi. Alaba descolou um lançamento incrível para Robben na direita. O camisa 10 fintou Adriano e chutou colocado no canto direito de Valdés. Golaço! O gol do Bayern fez o praticamente impossível virar impossível. O Barça, nesse momento, precisava de seis gols para chegar a final da Liga dos Campeões.
O Barcelona estava engessado. Ainda mais sem Messi. Schweinsteiger mais uma vez destoava em campo. Aos nove minutos, novo desarme perfeito do camisa 31, que rendeu um perigoso contra-ataque do Bayern. O lance só não foi efetivo pela conclusão do autor do gol, Arjen Robben. Logo depois, aos 9 minutos, Xavi deixou o campo para a entrada de Alexis Sánchez. O time precisava de velocidade. Era tudo ou nada.
No entanto, a mudança não alterou o panorama da partida no Camp Nou. 10 minutos depois, Tito parecia já ter desistido. Iniesta foi substituído pelo brasileiro Thiago Alcântara. Aos 22 minutos, Schweinsteiger foi poupado e deixou o jogo sob uma saraivada de aplausos. Luis Gustavo entrou em seu lugar.
No minuto seguinte, a torcida bávara que foi a Catalunha já gritava “olé”. O Barcelona era vítima do grito que, por tantas vezes, fez o seu torcedor cantar nos últimos anos dentro da sua própria casa. Aos 25 minutos, Pedro tentou mais uma vez. Novamente a sua tentativa parou nas mãos seguras de Manuel Neuer.
Aos 27 minutos, mais um duro golpe. Ribery recebeu nas costa da zaga e cruzou para o meio da área. Mandzukic faria o gol, já que estava livre de marcação. Piqué, entretanto, chegou na frente, mas não conseguiu fazer o corte e fez contra.
Três minutos depois, o orgulho do torcedor do Barcelona era ainda mais ferido. Ribery disparou pela esquerda, ou por Song e cruzou. Muller subiu mais alto que a zaga, se antecipou e estufou a rede de cabeça. 3 a 0. 7 a 0 no agregado. A coisa estava feia para o Barça.
Entre o segundo e o terceiro gol, Lahm e Javi Martínez, pendurados pelo cartão amarelo, deixaram o campo para serem preservados para a final. Rafinha e Tymoshchuk entraram em campo para terminar o show do Bayern. Show que foi visto por cerca de 96 mil torcedores presentes no Camp Nou. 96 mil que sentiram a falta de Messi. Mas 96 mil pessoas que aceitaram a superioridade do Bayern, finalista da Liga dos Campeões.