Segunda morte por dengue coloca Campo Grande-MS em emergência

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Dengue: Campo Grande entra em estado de emergência após registrar a segunda morte do ano em decorrência da doença
Dengue: Campo Grande entra em estado de emergência após registrar a segunda morte do ano em decorrência da doença

 

Segundo prefeito, são registrados quase 500 casos da doença por dia na região. Falta de remédios e circulação do tipo 4 da dengue agravam a situação

Foi confirmada na segunda-feira a segunda morte em decorrência da epidemia de dengue que começou no início deste ano em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ana Leite Ovelar, de 61 anos, morreu após três dias de internação no Hospital Regional local por causa do tipo hemorrágico da doença — a vítima anterior foi Vanderleia de Souza Oliveira, de 45 anos, que morreu na primeira semana do ano. A tendência de piora da epidemia fez com que a capital decretasse, também nesta segunda-feira, estado de emergência.
Segundo o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, a situação “é muito preocupante, com o registro de quase 500 casos por dia”. No total, são 9.320 casos confirmados neste mês e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, janeiro pode fechar com quase 16 mil casos confirmados, mesma marca de janeiro de 2007, um recorde. Alguns dos agravantes da epidemia citados por Bernal são a falta de remédios para o tratamento de doentes, além de unidades de saúde lotadas e a circulação do tipo 4 da enfermidade. Constatou-se que o maior risco de contaminação está em bairros próximos ao centro da cidade.
Terrenos abandonados — A partir desta terça-feira, começa a valer liminar que autoriza agentes de saúde a entrar em propriedades desabitadas sem autorização dos donos. De acordo com o secretário da saúde de Campo Grande, Ivandro Corrêa Fonseca, o maior problema são os terrenos baldios, que somam 140 mil lotes no perímetro urbano. Fonseca explica que a maioria deles não é cuidada pelos donos e sempre há recipientes com água para a reprodução do mosquito.
Ainda segundo o secretário da saúde, como medida emergencial, o Ministério da Saúde enviou à prefeitura de Campo Grande um milhão de reais para a aquisição de dez veículos de fumacê, entre outros equipamentos. Em Corumbá, no Pantanal, o prefeito Paulo Duarte informou que a cidade está em “pré-epidemia”, porque o número de focos ultraou a marca de segurança.

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