Hipertensão na gravidez pode prejudicar a cognição do bebê a longo prazo

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Hipertensão: Problema em grávidas pode afetar negativamente cognição dos filhos ao longo de toda a vida, diz estudo(Jupiterimages/Thinkstock)

 

 

Nova pesquisa mostrou que dificuldades de aprendizado e raciocínio apresentadas por uma pessoa durante a vida pode ser resultado de pressão alta da mãe ao longo da gestação

A hipertensão na gravidez pode afetar de forma negativa as habilidades de pensamento, raciocínio e aprendizado do bebê não só em seus primeiros anos, mas ao longo de toda a vida. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita na Finlândia e publicada nesta semana no periódicoNeurology, da Academia Americana de Neurologia.

CONHEÇA A PESQUISA:

Título original: Hypertensive disorders in pregnancy and cognitive decline in the offspring up to old age

Onde foi divulgada: periódico Neurology

Quem fez: Soile Tuovinen, Katri Räikkönen, Eero Kajantie, Markus Henriksson, Jukka T. Leskinen e outros

Instituição: Universidade de Helsinki, Finlândia

Dados de amostragem: 398 homens nascidos entre 1934 e 1944

Resultado: Filhos de mães que tiveram pressão alta durante a gravidez se saem pior, tanto aos 20 quanto aos 69 anos, em testes cognitivos de linguagem, matemática e noções espaciais em comparação com homens cujas mães tiveram pressão sanguínea normal na gestação.
“A pressão arterial elevada e as doenças relacionadas à condição interferem no ambiente do útero, onde está o bebê durante a gravidez. Nosso estudo sugere que problemas decognição apresentados por um indivíduo mesmo em sua velhice pode ter se originado no período pré-natal, quando é dada a maior parte do desenvolvimento cerebral de uma pessoa”, diz Katri Raikonen, pesquisadora da Universidade de Helsinki, na Finlândia, e uma das autoras do trabalho.

Na pesquisa, Raikonen e sua equipe avaliaram a cognição de 398 homens nascidos entre 1934 e 1944 em duas ocasiões: uma, quando eles tinham uma idade média de 20 anos, e a outra, quando eles tinham, em média, 69 anos. A avaliação foi feita por meio de testes de linguagem, de matemática e de noções espaciais e visuais. Além disso, os pesquisadores analisaram os registros médicos das mães dos participantes durante a gravidez.
Pontuação — Ao final do estudo, os autores descobriram que os homens cujas mães apresentavam pressão alta durante a gravidez tiveram menores notas nos testes cognitivos tanto aos 20 quanto aos 69 anos de idade em comparação com os participantes cujas mães apresentavam pressão sanguínea normal. Além disso, o declínio da pontuação entre uma avaliação e outra foi maior entre o grupo das mães hipertensas. A associação foi mais forte para os resultados das provas de matemática.

 

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