
Do 24 Horas News
O ritmo das obras de mobilidade urbana da Copa do Mundo, seguem num ritmo lento. Bem lento. O prometido três turnos e ocupação aos sábados, domingos e feriados ainda está no discurso dos organizadores. Empresários de diversos segmentos localizados em pontos em que foi feita a interdição total das vias revelaram que o movimento de seus negócios teve uma queda de até 70%. De acordo com o presidente do Sindipetróleo, Aldo Locatelli, 33 postos de combustível estão nesta situação e três foram fechados.
Os empresários item que se o ritmo das obras fossem acelerados, o tempo de sofrimento poderia ser menor. Como também será menor os prejuízos para o próprio Estado. Se não vendem ou “quebram”, o Governo deixa de arrecadar. Mais que isso, pode acabar estendendo por mais tempo o compromisso de criar mecanismos de compensação no recolhimento de tributos para essas empresas – que, aliás, ainda não aconteceu.
“Sabemos que as obras podem ser feitas sem interditar totalmente as vias. O maior recolhimento de impostos do Estado é por meio do combustível e insistimos para abrir o diálogo com o Governo do Estado, mas não tivemos êxito” – disse Locatelli.
Na tentativa de buscar alternativas, os segmentos protocolaram na Secretaria de Fazenda (Sefaz) e na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), solicitação para a redução de 50% da carga tributária para os comerciantes que possuem estabelecimentos afetados pelas obras, mas não obtiveram resposta.
O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Mato Grosso, Evandro Benedito dos Santos, afirmou que houve diminuição de vendas nos estabelecimentos que estão vinculadas diretamente às obras. “Percebemos nos registros contábeis e os proprietários nos faturamentos, o Governo pode acelerar as obras principalmente nos pontos de alto estrangulamento” – disse.
O superintendente da CDL Cuiabá, Nelson Soares, lembrou que uma parcela da sociedade está sendo penalizada e por isso, o poder público precisa encontrar soluções. “Temos que encontrar maneiras para minimizar essas perdas, a maioria das empresas encontram-se hoje na Miguel Sutil, mas outras vias serão interditadas em breve”, alertou.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PSD) comunicou os representantes dos segmentos que conversou com o governador Silval Barbosa (PMDB) sobre o assunto recentemente e afirmou que solicitará uma reunião para os próximos dias com a participação dos setores, Poder Executivo, Secopa e Prefeitura de Cuiabá, para debater o tema e encontrar soluções.
“É fato que existem empresas que estão sendo prejudicadas. Solicito que os setores produzam um documento de reivindicação para irmos ao Governo discutir o assunto. Uma proposta que está sendo debatida na Assembleia Legislativa é a redução da carga tributária para os estabelecimentos que estão sendo afetados”, explicou.