
Ivan Pereira de Juina
Um grupo de produtores rurais e empresários do setor madeireiro que possuem propriedades no Rio Preto distante 45 km de Juína, noroeste do Estado, denunciaram outro empresário por ter interditado uma estrada com toras de madeira, entulhos e uma cerca de arame farpado. No local foram colocados ainda pedaços de madeira com pregos para evitar a agem de veículos. Um motorista contou que teve prejuízos com pelo menos quatro pneus que estouraram no local.
De acordo com Altino Araújo, um dos proprietários da região, sempre deu manutenção na estrada. “Tenho 18 anos que moro aqui e eu banquei essa estrada com esteira por 10 anos sozinho. Depois os madeireiros entraram e me ajudaram. Agora temos urgência, pois nós temos o direito de ir e vir”, cobrou.
O dono da propriedade Itamar Vanzela, disse que fechou a estrada porque a área é um projeto de manejo. “Esse pessoal que esta entrando lá, estava desviando o curso da estrada. A gente comunicou e não adiantou e eu resolvi trancar. Duas vezes eles destrancaram e fui lá e tranquei novamente”, explicou.
Itamar destacou ainda que apesar de ter fechado a estrada, oferece dois desvios. Mas os proprietários reclamam da distância que segundo eles, aumenta significativamente, e que os desvios não permitem a agem de caminhões com cargas pesadas, o que impossibilita a extração de madeira de projetos autorizados.
“O desvio vai dá em torno de 9 km de diferença e mais de 20 proprietários estão sendo prejudicados com esta atitude”, comentou Francisco Pereira, outro dono de propriedade.
Além do ime com o bloqueio, os proprietários fazem acusação. “Se por acaso a gente asse ele [Vanzela] não respondia por eles e que se ele perdesse a cabeça até caminhão ele queimaria”, alertou Alberto Santos, funcionário de uma madeireira.
A produtora rural Lidiane Zeni fez um apelo. “Eu gostaria de pedir para este comerciante pra não fazer mais maldade com os outros. Não vamos revidar da mesma forma, mas só queremos pedir encarecidamente que ele, por favor, não faça mais maldade”.
Enquanto o grupo busca na justiça a liberação da estrada, o proprietário briga para continuar bloqueada. “Estou com uma ação judicial pra proibir a agem por ali e se depender de nós vai continuar fechada”, garantiu Vanzela.
Diversos boletins de ocorrência foram registrados na Polícia Civil. O delegado Valter Cardoso, explicou que vai investigar o caso. “Foi instaurado um procedimento pra se verificar e constatar se houve algum dano ambiental para que seja apurado”.