Ameaças fazem família de jovem decapitado mudar de bairro

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Delegado Garcia (destaque) é responsável pelas investigações

Vizinhos confirmam que um carro ou a noite rondando a casa
Com medo de ameaças, familiares do jovem Julio Silva Estigarrilho, de 21 anos, que foi decapitado no último domingo, mudaram do bairro Colinas Verdejantes, em Várzea Grande.
 A mãe, mudou na terça-feira e a irmã (16), está mudando hoje, quarta-feira (17). Vizinhos disseram que o medo de ameaças fez com que procurassem outro bairro.
Elas comentaram com vizinhos que Júlio, quando estava preso numa unidade prisional da Grande Cuiabá, também estava sofrendo ameaças, mas, não sabem se estão relacionadas com a execução do jovem, ocorrida no último domingo, próximo da casa deles.  
Um vizinho disse que um carro preto ficou a madrugada toda desta quarta-feira rondando a casa da irmã de Júlio. Ele acrescentou que o veículo ou várias vezes pela rua. 
Os policiais não descartam a hipótese do ter sido torturado antes de ser decapitado. A forma como os quatro dedos da mão esquerda da vítima tenham sido decepados indica que ele tenha sido torturado antes de ser morto. 
O delegado Antônio Carlos Garcia, responsável pelas investigações explicou que o corte não foi reto, indicando que os criminosos tenham utilizado algum martelo ou alicate para arrancar os dedos. 
O delegado, não acredita que os criminosos tenham cortado os dedos para dificultar a identificação, uma vez que o polegar da digital fica na outra mão. “Essas são conclusões preliminares, uma vez que ainda não temos a autoria do assassinato, porém, tudo aponta para esse caminho”, frisou o delegado. 
Outro detalhe que chamou a atenção dos policiais é que não existia outra lesão no corpo do jovem a não ser decapitação.  
A cabeça do jovem, no entanto, ainda não foi localizada.  
“Como não havia sangue próximo ao corpo, o jovem foi assassinado em outro local e cabeça pode ter sido colocada numa sacola plástico ou  algo semelhante. Próximo de onde estava o corpo nada foi encontrado”, informou um policial.  
Mesmo sem a cabeça, ojovem foi sepultado pela família que esteve no Instituto de Medicina Legal onde fez o reconhecimento. Técnicos em necropsia informaram que, caso a cabeça seja localizada, a funerária se encarrega de sepultá-la junto ao corpo, e comunica a família sobre sua localização.

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