Gasolina e gás de cozinha não devem ter mais reajuste em 2012

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Preço do petróleo nacional pode estar até 30% mais baixo que o internacional
A gasolina e o gás de botijão não sofrerão reajuste este ano, segundo previsão do BC (Banco Central), ao contrário do que vem sendo defendido pelo mercado e pela presidente da Petrobras, Graça Foster. Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária, o banco usa a manutenção dos preços dos combustíveis, itens com forte peso na inflação, como uma das justificativas para a redução em maio da taxa básica de juros no País.

Desde que assumiu o cargo, em fevereiro, Graça vem defendendo, embora sem data ou porcentuais, uma eventual correção entre o preço do petróleo no mercado internacional e o vendido pelas refinarias da Petrobras a distribuidoras. Analistas chegam a calcular uma diferença de cerca de 30% como desvantagem para a empresa.

No mês ado, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu que houvesse um reajuste quando o preço do barril de petróleo no mercado internacional batesse R$ 263 (US$ 130), mas o preço está em torno dos R$ 204,43 (US$ 101) atualmente. Na divulgação do resultado financeiro do segundo trimestre, a Petrobras afirmou desconhecer o patamar estipulado pelo ministro. O governo é controlador da petroleira, que tem como presidente de seu conselho de istração o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O último reajuste de preços (10% para a gasolina e 2% para o diesel) ocorreu em novembro, mas foi compensado por uma redução tributária pelo governo, de forma a não haver impacto de preços nas bombas. A redução, no entanto, se encerra no fim deste mês. Sem a renovação, a Petrobrás pode amargar prejuízos ainda maiores a partir de julho, caso a previsão do BC se confirme.

Sem reajuste nas refinarias, uma das saídas para compensar parte das perdas da Petrobrás poderia vir da elevação da mistura de etanol anidro à gasolina. A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) diz que já há condições no mercado para retomar a proporção de 25% de etanol na mistura, contra os 20% atuais. A entidade diz já existir produção suficiente para sustentar a alta. Também conta a favor desta solução o fato de a produção de etanol anidro estar mais vantajosa em termos de preço do que a produção de açúcar, cujas cotações caíram no mercado internacional.

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