Suspeito de fraudar prova de curso de oficiais da PM-MT é identificado pela Policia

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Conforme a polícia, dois aprovados estavam fora do país na data da prova.
Caso começou a ser investigado a partir de denúncia anônima.
 Identificado um homem suspeito de fraudar o Curso de Formação de Oficiais (CFO) da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, um dos mais concorridos em Mato Grosso e chega a ter 90 candidatos por vaga. Segundo a Polícia Militar, ele fez a prova no lugar de dois candidatos que estavam fora do país. Os indícios surgiram nas duas últimas provas realizadas pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). No entanto, o suspeito ainda não foi preso.
O caso começou a ser apurado a partir de uma denúncia anônima encaminhada ao setor de inteligência da PM e à Ouvidoria Geral de polícias do estado. Em seguida, o comando da Academia de Polícia Militar iniciou as investigações com base no desempenho dos cadetes. Um dos alunos, de acordo com o comandante da Academia, coronel Otemar Pereira, apresentou baixo desempenho apesar de ter sido aprovado em sétimo lugar no concurso.
Na prova aplicada pela Academia ele caiu da 7ª posição para a 35ª. Conforme o comandante, durante as investigações ficou evidenciado que outras duas pessoas estariam envolvidas no crime. “Uma terceira pessoa teria realizado tanto a prova para um cadete que hoje está no terceiro ano, quanto para um cadete que está no segundo ano. E essa pessoa não seria nenhum dos dois”, afirmou.
O resultado dessa investigação foi reado para a Polícia Civil. ““Surgiram boatos em sites de relacionamento e em comunidades de que pessoas que não fizeram a prova serem chamadas para a segunda etapa”, disse um candidato que fez a prova e preferiu não ter o nome divulgado. “Tem que ser cancelado e ser chamado com o mesmo edital todos aqueles que fizeram a inscrição né. Que seja refeitas as provas”, refrisou.
O aluno aprovado para fazer o curso recebe uma bolsa mensal no valor de R$ 3 mil e depois de ser aprovado após três anos de estudos a a receber um salário de R$ 6 mil, já no posto de 2º tenente. Os candidatos fazem cursos preparatórios e investem em materiais de estudo.
Para o presidente da comissão istrativa da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Murilo Silva Freire, o caso deve ser bem avaliado antes da anulação do concurso. “Não tenho dúvida de que deve prevalecer a razoabilidade. Ainda não há razão suficiente para que seja declarada a nulidade de todo o certame”, defendeu.

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