De Sinop – Alexandre Alves
O produtor rural mato-grossense ainda está preparando as plataformas para as colheitadeiras começarem a retirar o milho dos 2.5 milhões de hectares a partir do mês de junho, mas já deve ficar “de olho” nos custos de plantio do próximo ciclo – que será somente a partir de janeiro e fevereiro de 2013. O alerta é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no boletim semanal do milho.
Isto porque os custos com insumos tiveram leve alta nos últimos dias e quem não ficar atento pode acabar pagando mais caro para produzir a safra 2012/13.
“O último levantamento realizado pelo Imea apontou para um aumento, principalmente, nos preços dos insumos, financiamento e assistência técnica”, informa o boletim.
Os maiores aumentos foram visualizados nos defensivos e fertilizantes, 5,9% e 3,2%, respectivamente, que ficaram mais caros para todas as culturas de Mato Grosso. No mês ado, com R$ 826,38 por hectare (ha) conseguia-se comprar os insumos, no entanto, neste mês, o valor ou para R$ 846,67/ha.
“Somando para a alta, o custo com assistência de um agrônomo aumentou em média R$ 0,20/ha (2,5%) e as taxas de juros fizeram com que o financiamento da safra aumentasse R$ 1,76/ha (2,4%)”, detalha o Imea.
Como o mercado do cereal que será colhido na safra 2011/12 enfraquece a cada dia, e o dinheiro desta safra atual que fará a safra seguinte, todo estudo e planejamento sobre os custos merecem atenção.
“O custo para a próxima safrinha de milho, por enquanto, não aumentou tanto, pois atingiu R$ 1.545,41/ha ante os R$ 1.534,41 do mês ado, alta de 0,7%, mas essa tendência de alta deve ser observada e acompanhada para não perder o bonde”, alerta o boletim do milho.
Previsão de safra
De acordo com o Imea, com o aumento de área plantada na atual safra – que saltou de 1,7 milhão de hectares para 2,5 mi/ha e, com o aumento da produtividade média por hectare, que ou de 67 sacas/ha para 78 sc/ha, a estimativa é que Mato Grosso tenha uma safra recorde de milho, atingindo 11,7 milhões de toneladas. A safra será 67,8% maior do que a do ciclo ado (2010/11), quando foram colhidas 6,9 milhões de toneladas do cereal.